João Pedro Sevalho
Achei que a criatividade tinha criado asas e eu criado o hábito de não escrever mais.
Grande engano.
As duas e sete da manhã, do dia primeiro de julho de 2008, no meio do ano, me vem a cabeça, criativa.
Estresses mundanos, do mundo da bola e da grana que vem, mas que também vai.
Vem a luz. Splash no papo e clarinete nos ouvidos. Clap, clap, clap, clap.
Onomatopéias e som.
Cria, cria, cria. Luz.
Acho que não vem, mas ela já veio. O cachorro late e alguém grita na rua: NEEENSE!
O tricolor que nos enche de orgulho, como nunca que eu me lembre.
O clarinete aguda mais ainda e a Anne, ops (onomato) Anna dorme aqui do lado.
A Cria Ativa veio, depois de muito tempo. Semestre que vai, vida que vem e cada vez me VEJO mais preso ao que dizem me dinificar: TRABALHO.
Ainda bem que continuam gritando na rua: NEENSE!
Dias de glória e estresse divino, vai roncar João, amanhã tem prova, acho que tenho DDA, não consigo parar de trabalhar. TRAVA CABEÇA. Dorme, ronca, rrrrr, Splash.
Pára de pensar, pára de tocar, pára de gritar, pára, pára, pára.
Só não pára e o tricolor e o ato de anotar.
E o cachorro não pára de latir.
Vou dormir, a cria ativa saiu, vou roncar.
BOA NOITE, ops (onomato) BOM DIA.