João Pedro Sevalho
as correntes estão levando o mal presságio.
o que eu queria, enfim, não quero mais.
as visitas das borboletas,
não me indicam mais visita.
agora as coloridas borboletas
anunciam, pra mim, uma nova era.
voltei dos mortos, numa terra linda.
um ritmo que eu já não lembrava mais.
na negritude,
vou balançar mais uma vez
meu esqueleto .
calmo, frio e obsoleto. eu quero mais...
Friday, November 10, 2006
Monday, October 16, 2006
marcas
da amiga Juliana Pereira
Como um encanto falso,
Nessas noites tão medíocres,
sou só os meus passos.
O que faz todas as vitórias
Ser uma busca de tudo!?
e tudo não passar de nada.
Já sequei toda a minha face
uso uma máscara
e ainda pago pelos meus olhos...
Nessas noites tão medíocres,
sou só os meus passos.
O que faz todas as vitórias
Ser uma busca de tudo!?
e tudo não passar de nada.
Já sequei toda a minha face
uso uma máscara
e ainda pago pelos meus olhos...
Tuesday, October 10, 2006
penso além
João Pedro Sevalho
eu não quero mais você.
cansei de estar aqui,
e de fingir te querer.
cansei de me apoiar em cima de ilusão.
cansei de chorar todas as noites,
não penso no perdão.
não quero ser perdoado
por fazer o mesmo caminho
todas as noites.
não quero ser perdoado
por querer o infundado.
apenas um lapso.
não quero ser perdoado
por trair em pensamentos
a quem devia meus passos.
não quero me perdoar
por ter considerado
a mentira, um fato.
não quero ter a certeza
de que tudo que não começou,
chegou, e já terminou.
não quero te perder nunca
em meus pensamentos
povoados de você.
sei que te perdi na vida, há tempos.
tempo que não me cansava de você,
e que parecia, nem você de mim.
mas na verdade,
quem fingia, era eu.
que não via passar nem as horas
e nem o gosto que eu tinha de te ver.
não quero mais te ver,
não quero mais a dor,
não quero ser o ator
da vida de bem me quer.
você, não sei o que é.
e eu te quero bem.
assim eu vou levando a vida.
penso nada, mas penso além.
eu não quero mais você.
cansei de estar aqui,
e de fingir te querer.
cansei de me apoiar em cima de ilusão.
cansei de chorar todas as noites,
não penso no perdão.
não quero ser perdoado
por fazer o mesmo caminho
todas as noites.
não quero ser perdoado
por querer o infundado.
apenas um lapso.
não quero ser perdoado
por trair em pensamentos
a quem devia meus passos.
não quero me perdoar
por ter considerado
a mentira, um fato.
não quero ter a certeza
de que tudo que não começou,
chegou, e já terminou.
não quero te perder nunca
em meus pensamentos
povoados de você.
sei que te perdi na vida, há tempos.
tempo que não me cansava de você,
e que parecia, nem você de mim.
mas na verdade,
quem fingia, era eu.
que não via passar nem as horas
e nem o gosto que eu tinha de te ver.
não quero mais te ver,
não quero mais a dor,
não quero ser o ator
da vida de bem me quer.
você, não sei o que é.
e eu te quero bem.
assim eu vou levando a vida.
penso nada, mas penso além.
Sunday, October 08, 2006
ajudem
João Pedro Sevalho
com a cabeça retalhada
com a cabeça retalhada
não tenho pensado antes de falar
e não tenho pensado antes de agir
não me levem a sério
isso passa
minhas palavras e gestos são meros nadas
a mentira é a minha maior aliada
a vida não está fácil pra ninguém
essa é a frase mais dita no momento
mas pra mim ela não é só a frase mais dita no momento
ela é a minha única frase no momento
as lágrimas me fizeram visitas constantes
a semana foi cheia de janelas pro mundo
e mesmo com muita claridade
me vi jogado nas trevas
quero acabar com meus vícios
quero acabar com o que sinto
me ajudem a equecer da vida
me ajudem a anestesiar o mito
de que nada está errado e tudo está escrito
me ajudem a me conhecer
pois hoje descobri
nem eu mesmo me conheço
e o medo, ah o medo!
Saturday, September 30, 2006
nojento
João Pedro Sevalho
Você pode até fingir
não querer.
Que eu continuo fingindo
que não insisto.
Boa noite
e até qualquer hora dessas.
Você pode até fingir
não querer.
Que eu continuo fingindo
que não insisto.
Boa noite
e até qualquer hora dessas.
Tuesday, September 12, 2006
doze de setembro
João Pedro Sevalho e Juliana Pereira dos Santos
Não aguentava mais
me sentir tão bem.
É só uma questão
de hábito.
Sete horas
precisamos estar prontos.
Prontos pra que?
Prontos pra perder o hábito
de se fingir feliz.
De não aguentar mais,
viver "tão bem".
Eu quero chapação
o dia inteiro.
Tomar um chá
e relaxar.
Agente que planta
o nosso caminho.
Tá tudo errado,
ah!
Ficou legal viu,
é, a nossa obra
agente lapida com o tempo.
Eu acho que é
mais ou menos isso.
Nem pra mais
e nem pra menos.
Não aguentava mais
me sentir tão bem.
É só uma questão
de hábito.
Sete horas
precisamos estar prontos.
Prontos pra que?
Prontos pra perder o hábito
de se fingir feliz.
De não aguentar mais,
viver "tão bem".
Eu quero chapação
o dia inteiro.
Tomar um chá
e relaxar.
Agente que planta
o nosso caminho.
Tá tudo errado,
ah!
Ficou legal viu,
é, a nossa obra
agente lapida com o tempo.
Eu acho que é
mais ou menos isso.
Nem pra mais
e nem pra menos.
Wednesday, August 30, 2006
reverberação
João Pedro Sevalho
Quando vai chegando a hora
e eu não sei mais ficar,
vai dando uma agonia,
um frio no ventre e lá.
Tropegas ruas,
vacilos andantes.
Atravesso a sua,
e nua, sigo adiante.
Alma desvalorizada
mão tempestade faz.
Fogem os castanhos cachos
e os olhos dizem mais.
Doentias armadilhas
que cercam o meu portão.
Gritos que ecoam no sotão da cabeça
e no porão do coração.
Irradiante voz do leão
que marca o territério
e me domina feito um cão.
Reverberam loucuras
em sua cabeça,
que armada será
contra a minha que tenta.
Reverberam loucuras
em minha cabeça,
que tenta chegar,
mas se arremessa.
Num mar profundo
de desilusões semanais
que vão e vem como num cais
e me matam pouco a pouco.
De você? Só espero mais.
Quando vai chegando a hora
e eu não sei mais ficar,
vai dando uma agonia,
um frio no ventre e lá.
Tropegas ruas,
vacilos andantes.
Atravesso a sua,
e nua, sigo adiante.
Alma desvalorizada
mão tempestade faz.
Fogem os castanhos cachos
e os olhos dizem mais.
Doentias armadilhas
que cercam o meu portão.
Gritos que ecoam no sotão da cabeça
e no porão do coração.
Irradiante voz do leão
que marca o territério
e me domina feito um cão.
Reverberam loucuras
em sua cabeça,
que armada será
contra a minha que tenta.
Reverberam loucuras
em minha cabeça,
que tenta chegar,
mas se arremessa.
Num mar profundo
de desilusões semanais
que vão e vem como num cais
e me matam pouco a pouco.
De você? Só espero mais.
Thursday, August 24, 2006
ah!
João Pedro Sevalho
Hoje eu me dei conta
de que não presciso de muito
pra ser feliz.
Hoje eu me dei conta
de que estou num estado
latente sem explicações.
Hoje vi que não
mereço tudo o que tenho.
Nem o que desejo.
Mas continuo correndo,
afim de que meus objetivos
sejam pelo menos, desejaveis.
depois da choppada do cinema!
um tanto quanto emocional!
e com saudades da terra natal !!
Hoje eu me dei conta
de que não presciso de muito
pra ser feliz.
Hoje eu me dei conta
de que estou num estado
latente sem explicações.
Hoje vi que não
mereço tudo o que tenho.
Nem o que desejo.
Mas continuo correndo,
afim de que meus objetivos
sejam pelo menos, desejaveis.
depois da choppada do cinema!
um tanto quanto emocional!
e com saudades da terra natal !!
Saturday, August 05, 2006
batidas inv(f)ernais
João Pedro Sevalho
Não precisa se preocupar,
Não precisa se confundir,
Não precisa saber de tudo,
você é, e é assim.
Não meta os pés pelas mãos,
e faça somente o que quer.
O que acha que dá,
e o que acha que é.
Você de nada entende,
e pensa entender.
Não se pré-suponha,
para não se arrepender.
As névoas estão cada vez mais presentes,
que isso acabe por aqui.
As tosses não aguentam sair de mim,
e você parece não aguentar isso assim.
Casa que pede e cai,
vida que desmonta e sai.
Mar inconstante e lilás,
sai e me ataca em paz.
Não precisa se preocupar,
Não precisa se confundir,
Não precisa saber de tudo,
você é, e é assim.
Não meta os pés pelas mãos,
e faça somente o que quer.
O que acha que dá,
e o que acha que é.
Você de nada entende,
e pensa entender.
Não se pré-suponha,
para não se arrepender.
As névoas estão cada vez mais presentes,
que isso acabe por aqui.
As tosses não aguentam sair de mim,
e você parece não aguentar isso assim.
Casa que pede e cai,
vida que desmonta e sai.
Mar inconstante e lilás,
sai e me ataca em paz.
Wednesday, August 02, 2006
palavra de ordem
João Pedro Sevalho
A coisa por aqui
ficou preta.
O tempo fechou.
A casa caiu.
Sabemos com quem
podemos contar.
Contamos com quem
sabemos querer.
Siga o caminho amigo,
você há de viver.
Volte sempre amigo,
e venha me ver.
A coisa por aqui
ficou preta.
O tempo fechou.
A casa caiu.
Sabemos com quem
podemos contar.
Contamos com quem
sabemos querer.
Siga o caminho amigo,
você há de viver.
Volte sempre amigo,
e venha me ver.
Monday, July 17, 2006
sabe
João Pedro Sevalho
Tanto que sei
tanto que vi.
Tempo carnal,
toma conta de mim.
Pés, mãos e braços,
nós, vivemos.
Posso dizer que vivemos.
Vivemos sem poder,vivemos e aprendemos.
A dúvida da amizade,
a dúvida do desejo.
A dúvida se não faço o que quero
ou se faço e perco o medo.
São dois faços,
"Se vai querer,
se vai negar,
tá todo mundo dançando,
eu também quero dançar".
O diabo me tentae ela não nega.
O que será daqui pra frente.
Não sei.
Com medo,
sigo e aprendo,
a amizade e o desejo,
nos olhos de quem amo e vejo.
Thursday, July 13, 2006
Monday, July 10, 2006
engasgado
João Pedro Sevalho
Toda vez que a noite me sufocar
com as suas lembranças,
e o nó se apertar,
eu vou chorar.
Vou chorar com toda minha força,
até o nó se afroxar, e as suas lembranças
virarem um mar de choro meu.
Toda vez que eu quiser você,
vou em busca do mar.
Pois pra mim, você, hoje, é o mar.
Lá não tem nó,
nem engano,
e nem agonia.
Desencanto.
Em algum mar,
eu vou desencantar
aquilo que hoje me faz engasgar,
não ter você por perto
e nem ao menos o mar.
Toda vez que a noite me sufocar
com as suas lembranças,
e o nó se apertar,
eu vou chorar.
Vou chorar com toda minha força,
até o nó se afroxar, e as suas lembranças
virarem um mar de choro meu.
Toda vez que eu quiser você,
vou em busca do mar.
Pois pra mim, você, hoje, é o mar.
Lá não tem nó,
nem engano,
e nem agonia.
Desencanto.
Em algum mar,
eu vou desencantar
aquilo que hoje me faz engasgar,
não ter você por perto
e nem ao menos o mar.
Sunday, July 09, 2006
três de julho
João Pedro Sevalho
frios e quentes
suspiros e respiros
gripes e resfriados
meninas e meninos
tosses e espirros
insenso e baseado
água e remédio
moto e pé andado
cais e cama
casa e mar
rua e ladeira
pão e caviar
gargalhadas e luar
bicicleta e guaraná
biscoitinho e sofá
cama, cabeça e sonhar.
frios e quentes
suspiros e respiros
gripes e resfriados
meninas e meninos
tosses e espirros
insenso e baseado
água e remédio
moto e pé andado
cais e cama
casa e mar
rua e ladeira
pão e caviar
gargalhadas e luar
bicicleta e guaraná
biscoitinho e sofá
cama, cabeça e sonhar.
Tuesday, July 04, 2006
desejo de ficar
João Pedro Sevalho
Desejo ela tem,
passa no olhar
a malícia medida,
talvez desmedida.
Improvável, insípido, inodoro,
incolor.
Castanhos dos olhos,
o falar, ah! Indolor.
Fraquejado e humilhado
frente a ela, em meio ao mar.
Esfaqueado diante dela,
o meu olhar a implorar.
Fim de tudo,
falecido,
o olhar pr'ela ficar.
Ela é nova e boba ainda,
não entende o meu olhar.
Promessa, outro dia,
quando volto admirar.
Encorajado e já erguido,
já não devo vacilar.
Enfrentar esse desejo.
Ela treme, vai ficar.
Desejo ela tem,
passa no olhar
a malícia medida,
talvez desmedida.
Improvável, insípido, inodoro,
incolor.
Castanhos dos olhos,
o falar, ah! Indolor.
Fraquejado e humilhado
frente a ela, em meio ao mar.
Esfaqueado diante dela,
o meu olhar a implorar.
Fim de tudo,
falecido,
o olhar pr'ela ficar.
Ela é nova e boba ainda,
não entende o meu olhar.
Promessa, outro dia,
quando volto admirar.
Encorajado e já erguido,
já não devo vacilar.
Enfrentar esse desejo.
Ela treme, vai ficar.
Monday, July 03, 2006
o jovem nevoeiro
João Pedro Sevalho
O jovem nevoeiro ficava sentado a me olhar,
sabia que eu ali passava, somente pra admirar.
O jovem nevoeiro gosta de ficar no mar,
e é pra lá, pro lado grande, que ele um dia vai morar.
O jovem nevoeiro me confunde muitas vezes,
parece estar insatisfeito,
essa brisa vem de lá.
O jovem nevoeiro, de uns tempos pra cá,
resolveu me atormentar.
Me chamando com o olho,
me chamando feito o ar.
O jovem nevoeiro, não faz muito tempo,
botou muita gente pra rezar.
Fez o medo em meio mundo,
uma loucura a ensaiar.
Esse jovem nevoeiro, já consegue dominar.
Suas rajadas de desejo derrubaram o meu pomar.
Esse jovem nevoeiro não consegue mais parar,
já conhece todo mundo, vira tudo em um segundo,
se arremeça contra o mar.
Pelo jovem nevoeiro, sempre enfrente vou passar,
mas agora e para sempre
meu desejo vou matar.
Mexe tanto o meu juízo,
não consigo mais passar.
Esse jovem nevoeiro um dia há de me matar.
O jovem nevoeiro ficava sentado a me olhar,
sabia que eu ali passava, somente pra admirar.
O jovem nevoeiro gosta de ficar no mar,
e é pra lá, pro lado grande, que ele um dia vai morar.
O jovem nevoeiro me confunde muitas vezes,
parece estar insatisfeito,
essa brisa vem de lá.
O jovem nevoeiro, de uns tempos pra cá,
resolveu me atormentar.
Me chamando com o olho,
me chamando feito o ar.
O jovem nevoeiro, não faz muito tempo,
botou muita gente pra rezar.
Fez o medo em meio mundo,
uma loucura a ensaiar.
Esse jovem nevoeiro, já consegue dominar.
Suas rajadas de desejo derrubaram o meu pomar.
Esse jovem nevoeiro não consegue mais parar,
já conhece todo mundo, vira tudo em um segundo,
se arremeça contra o mar.
Pelo jovem nevoeiro, sempre enfrente vou passar,
mas agora e para sempre
meu desejo vou matar.
Mexe tanto o meu juízo,
não consigo mais passar.
Esse jovem nevoeiro um dia há de me matar.
Thursday, June 29, 2006
Fernando Pessoa
"... A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda..."
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda..."
Tuesday, June 20, 2006
navegadora
João Pedro Sevalho
Ela que eu sempre quis
ela que eu sempre vi
ela que eu sempre serei.
Essa noite, ela me era.
Noite fria,
onda do mar
ela me olha, e
me indica o caminho.
Felicidade confusa
esse novo caminho.
Cabeça difusa.
Vida bandida,
sem porto seguro.
Solidão, vem me buscar.
Ela que eu sempre quis
ela que eu sempre vi
ela que eu sempre serei.
Essa noite, ela me era.
Noite fria,
onda do mar
ela me olha, e
me indica o caminho.
Felicidade confusa
esse novo caminho.
Cabeça difusa.
Vida bandida,
sem porto seguro.
Solidão, vem me buscar.
Saturday, May 20, 2006
desconcertado num dia frio de sol
João Pedro Sevalho
hoje o dia foi surpreendente,
amanheceu um sol com frio.
há quatro anos a felicidade batia em minha porta,
e somente hoje, nesse dia de sol com frio,
eu me fiz presente quanto a felicidade em questão.
não que nunca tenha sido feliz,
mas essa felicidade, igual eu nunca vi.
ela é risonha, é andarilha.
é maravilha.
é desconcertante
rever o grande amor.
desconcertante e só,
é assim que eu estou me sentindo
desconcertado num dia frio de sol.
amando eu não sei,
feliz, talvez até de mais.
rindo a toa,
e andando como nunca.
Thursday, May 11, 2006
gnomos
João Pedro Sevalho
as coisas que somem,
os astros consomem.
atenção redrobada,
pra não virar roubada.
as coisas que somem,
os astros consomem.
atenção redrobada,
pra não virar roubada.
Tuesday, May 02, 2006
diz mais
João Pedro Sevalho
Diz que eu não fui atraente
com meu argumento ou com meu pensar.
Diz que eu tolo de sempre
a sua carcaça, não posso amar.
Diz que esse cara valente
não sabe mais nada, caiu no penar.
E diz que a modéstia de sempre,
não serve pra frente daquele seu lar.
Mas diz que o amor que se sente
não é suficiente pra te inundar.
E diz que a vida de sempre,
pra mim não dá mais
Vou ter que parar.
Só diz que um dia
o mundo parou
pr´esse cara poder te amar.
E diz que hoje,
o mundo parou
que é pro meu sofrimento
não ter mais lugar.
Diz que eu não fui atraente
com meu argumento ou com meu pensar.
Diz que eu tolo de sempre
a sua carcaça, não posso amar.
Diz que esse cara valente
não sabe mais nada, caiu no penar.
E diz que a modéstia de sempre,
não serve pra frente daquele seu lar.
Mas diz que o amor que se sente
não é suficiente pra te inundar.
E diz que a vida de sempre,
pra mim não dá mais
Vou ter que parar.
Só diz que um dia
o mundo parou
pr´esse cara poder te amar.
E diz que hoje,
o mundo parou
que é pro meu sofrimento
não ter mais lugar.
Monday, May 01, 2006
a casa da paranóica paranóica
João Pedro Sevalho
paranóia que vai
paranóia que vem
algumas coisas
agente tem que fazer
a pia
a privada
a lixeira
paranóia vai
paranóia vem
paranóia que vai
paranóia que vem
algumas coisas
agente tem que fazer
a pia
a privada
a lixeira
paranóia vai
paranóia vem
Monday, April 03, 2006
nessa pista chamada vida
João Pedro Sevalho
estou em meio a uma crise de solidão,
um bloqueio escritivo.
algo assim.
"vivo, logo insisto."
parafrazeando alguém.
estou em meio a uma crise de solidão,
um bloqueio escritivo.
algo assim.
"vivo, logo insisto."
parafrazeando alguém.
Friday, March 24, 2006
de março
Wednesday, March 22, 2006
meu ego
João Pedro Sevalho
e essa solidão é foda meu irmão!
eu penso que desisto, mas aí eu respiro,
lembro que isso é isso e me ergo do chão.
e essa solidão é foda meu irmão!
eu penso que desisto, mas aí eu respiro,
lembro que isso é isso e me ergo do chão.
Sunday, March 19, 2006
Sunday, March 05, 2006
falar é fácil, eu quero é onda
Friday, March 03, 2006
parto para
Wednesday, March 01, 2006
tudo mais
João Pedro Sevalho
É o carnaval, como sempre, melancólico, chega ao fim.
Desmascarando até o mais secreto dos segredos,
nos fazendo como somos, "felizes e contentes".
Estou carente e o mato me faz bem, o grilo, aqui não canta,
o rio, aqui não fala. não tenho uma terra, aqui não tenho ar,
jájá me tranquilizo, estou perto do mar.
Um passo aqui, é loucura e lá, é paixão.
Chega ao fim também o verão, e esse calor que brota do chão.
Vou viver no cano, e uma certeza tenho:
o carnaval e tudo mais me deixaram um tanto insano.
É o carnaval, como sempre, melancólico, chega ao fim.
Desmascarando até o mais secreto dos segredos,
nos fazendo como somos, "felizes e contentes".
Estou carente e o mato me faz bem, o grilo, aqui não canta,
o rio, aqui não fala. não tenho uma terra, aqui não tenho ar,
jájá me tranquilizo, estou perto do mar.
Um passo aqui, é loucura e lá, é paixão.
Chega ao fim também o verão, e esse calor que brota do chão.
Vou viver no cano, e uma certeza tenho:
o carnaval e tudo mais me deixaram um tanto insano.
inspira caeiro, inspira
Tuesday, February 28, 2006
esperança
Wednesday, February 22, 2006
por lá
Friday, February 17, 2006
Wednesday, February 15, 2006
grito
Tuesday, February 14, 2006
Friday, February 10, 2006
como de costume
Wednesday, February 08, 2006
pagú
pra (des) va (i) riar
pingar
calorífero
Tuesday, February 07, 2006
vive e vai
pronto
Monday, February 06, 2006
leminski na camisa do amarante
Sunday, February 05, 2006
reflexão do passado
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